O nascimento é uma
fronteira. Nascer é perceber que existe fronteira entre o eu e o outro. Quem
conhece as suas fronteiras, quem estabelece limites entre o eu e o mundo, passa
a conhecer mais sobre si mesmo e também sobre o próprio mundo.
Será que nós conhecemos
quais são as nossas potências e quais são as nossas impotências? Será que
quando entramos em um projeto, em uma equipe para trabalhar, nós temos
conhecimento daquilo que não sabemos? Será que nós sabemos pedir ajuda para as outras pessoas? Será que nós temos clareza dos nossos limites
enquanto pai e mãe, enquanto companheiro(a), enquanto amigo(a)?
Quanto mais pudermos olhar para os
nossos limites, mais vamos perceber que somos absolutamente humanos, cheios de
qualidades e defeitos, e mais vamos dar permissão para que os outros também
errem, também observem sua própria humanidade e reconheçam seus próprios
limites.
Essa é a base (e o ponto de partida)
para a construção de relacionamentos baseados na empatia, na conexão, no
vínculo amoroso e na parceria. Quem reconhece seus limites, consegue reconhecer
os limites do outro, tem plena consciência das suas potências e impotências e
sabe dizer não. A autoestima melhora e as relações tornam-se mais prazerosas e
produtivas para todos os envolvidos.
E você, já nasceu?
Por Melissa Samrsla Brendler
Psicóloga - CRP 07/13831
Atende em Porto Alegre
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