sexta-feira, 3 de novembro de 2017

As Princesas e as Bruxas


Existe a mulher do tipo “princesa Disney”: opaca, rasa, boazinha, que nunca desceu aos porões do seu inferno pessoal e nem sabe que eles existem. Ela pratica o "bem" porque aprendeu que assim deveria fazer. Foi criada para agradar, e vive sua vida com uma suavidade enjoativa e previsível.

E existe a mulher do tipo “bruxa feiticeira”, aquela que integrou o mal, que desceu aos porões mais escuros, e de lá saiu íntegra, forte e amadurecida. Sua voz tem profundidade, porque ecoa do fundo do ser. Ela não tem a intenção de agradar, mas de realizar a si mesma. Ao fazer o bem, ela faz uso dessa força que vislumbrou nos infernos, cujo conhecimento põe à sua disposição uma energia extraordinária. Ela conhece a sombra, e por isso não tem a aparência assim tão frágil como a da princesa. Ela tem a força dos demônios que conheceu e integrou em si mesma.

Quando a mulher toma consciência da quantidade de qualidades e potencial que tem dentro de si, é certo que ganha vontade de se transformar em uma bruxa...

Drops publicado especialmente para o Dia das Bruxas e dedicado a todas as mulheres fortes e destemidas.

Por Melissa Samrsla Brendler
Psicóloga - CRP 07/13831
Atende em Porto Alegre/RS