terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Passageiros do Século XXI



“Nós escutamos o barulho do carvalho que cai, mas não escutamos o barulho da floresta que cresce. Hoje, fala-se muito das coisas que estão desmoronando, que fazem barulho, mas o importante é aquilo que não se ouve, é preciso prestar atenção às sementes de consciência que estão brotando”. (Jean Yves Leloup)

O mundo vem mudando rapidamente. Estamos todos fazendo a passagem para o século XXI. Muitas coisas ruins continuam acontecendo, mas precisamos parar para pensar quantas transformações positivas estamos presenciando em nossas vidas.

Nosso tempo é inédito na história humana. Pela primeira vez, temos a chance de poder escolher nosso próprio estilo de vida. Pela primeira vez, podemos escolher por nós mesmos. E essa é uma liberdade suprema, comparado a tudo que o ser humano já viveu até aqui.

Podemos, por exemplo, escolher qual profissão desejamos seguir. Ela não precisa mais ser a mesma do nosso pai ou da nossa família. Hoje, podemos falar de Propósito, Vocação, Realização. Podemos escolher um caminho, depois seguir outro. Podemos seguir vários caminhos ao mesmo tempo. Podemos casar ou não, podemos ter filhos ou não.

Também temos disponível todo conhecimento do MUNDO ao toque de um clique. Podemos começar a aprender qualquer coisa que quisermos, agora, de graça, na internet. Há 200 anos atrás, isso seria considerado uma fantasia absurda. Além do mais, se possuirmos um negócio digital (e podemos abrir um hoje mesmo, de graça), podemos escolher o local que desejamos morar. Basta que ele tenha internet. Não há mais necessidade de manter-se preso a um ambiente físico. Nosso notebook se torna o nosso escritório, e podemos decidir em qual local queremos (ou podemos) morar. É o que chamamos de Nômade Digital.

Podemos também escolher a religião ou a fé que mais nos identificamos. Não somos mais obrigados a seguir uma religião dominante, sob pena de morte, em caso de desobediência. Somos livres também para não escolher religião alguma. Não seremos mais queimados vivos em uma fogueira por causa disso.

Na verdade, há um novo deus surgindo. Esse deus não é mais projetado nos céus em um senhor de barbas brancas. Agora, ele vive no interior do indivíduo. Não há mais necessidade de templos para adora-lo. A própria natureza se tornou o templo.

Já não somos mais crianças psicológicas. Pela primeira vez, estamos percebendo que atraímos os acontecimentos de nossas vidas e que, portanto, somos responsáveis por eles. Estamos começando a compreender que aquilo que está do lado de fora, também está do lado de dentro: nas nossas ações, pensamentos, sentimentos, emoções. Já não podemos mais culpar os outros pelos nossos infortúnios, pois estamos descobrindo que eles também estão dentro de nós.

“Homem, conhece-te a ti mesmo!”, dizia o aforismo grego gravado no Templo de Apolo em Delfos. O homem do século XXI complementa: “E depois, sê tu mesmo!”.

O século XXI começa a trilhar seu caminho pela estrada do (auto) conhecimento, da tecnologia e da Liberdade. Muitas possibilidades estão se tornando disponíveis. Façamos um bom uso de todas elas.


Por Melissa Samrsla Brendler 
Psicóloga - CRP 07/13831
Atende em Porto Alegre/RS


Ref.: 
GREENE, Liz. Relacionamentos: guia astrológico para conviver com os outros num pequeno planeta. São Paulo: Cultrix, 1997. 
Rafael Vilas - www.facebook.com/faelvilas