sábado, 19 de dezembro de 2015

A Grande Teia da Vida




       Cada vez mais é consenso na ciência de que todas as coisas do Universo estão profundamente relacionadas umas com as outras. Existem certos fatos, já familiares à ciência, principalmente à Física Quântica, que podem dar origem a uma espécie de espiritualidade. São descobertas significativas que nos recordam que fazemos parte de um grande todo, do qual somos inseparáveis. Elas reforçam a idéia de que a velha distinção homem versus natureza não faz sentido algum.

A frase que se tornou famosa pelo astrônomo Carl Sagan “Somos todos poeira das estrelas”, por exemplo, significa basicamente que todos os elementos que formam os seres humanos, os vegetais, as rochas e tudo o mais que existe no planeta foram formados há bilhões de anos, durante a explosão de estrelas a anos luz de distância daqui. Nesse sentido, nós não surgimos neste Universo e neste planeta ao acaso. Todos nós viemos de um útero comum de onde vieram também todas as outras coisas.

Além do mais, os átomos do nosso corpo já pertenceram a outros seres vivos. Como se diz: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Os átomos que existem no planeta sempre estiveram aqui, desde o começo, e foram passando por incontáveis ciclos químicos e biológicos. Isso quer dizer, por exemplo, que os átomos que compõem o seu corpo podem ter feito parte de um dinossauro no passado, ou de uma árvore, uma pedra, ou até mesmo de outros seres humanos.

Assim, toda a vida na terra tem certo grau de parentesco. Nos primórdios da vida, o único ser que existia se resumia a um organismo unicelular que, ao longo de bilhões de anos de evolução, foi se diferenciando e se adaptando aos diferentes ambientes, formando milhares de espécies diferentes. Mas, por mais distintas que pareçam, todas as espécies têm um ancestral comum em algum momento.

Os vegetais e os animais, aqui incluindo os seres humanos, mantém uma relação de interdependência. As árvores são complexas fábricas naturais que sintetizam o gás carbônico, eliminando o oxigênio. No nosso caso, é ao contrário, nós respiramos o oxigênio e expelimos o gás carbônico. Podemos dizer então que animais e plantas se complementam quimicamente. Além do mais, não só o nosso corpo, mas o corpo de todos os seres vivos do planeta, foi perfeitamente moldado para viver no meio ambiente da Terra e todos, sem exceção, mantém uma relação de interdependência.

        E o mais surpreendente. Os físicos quânticos descobriram que não existem objetos sólidos. A sensação que você tem quando toca qualquer coisa e sente de forma clara que se trata de algo sólido e palpável não passa de uma ilusão dos seus sentidos. Na verdade, são apenas as nuvens de elétrons da sua pele interagindo com as nuvens de elétrons do objeto. A única coisa sólida é o núcleo dos átomos, mas eles jamais se tocam. O restante é formado inteiramente de vazio. Então, se parássemos para observar a realidade num nível subatômico, veríamos que não existe divisão entre nós e todas as outras formas do Universo. Somos todos parte de uma grande teia. A Teia da Vida.



Isto sabemos
Todas as coisas estão ligadas
Como o sangue
Que une uma família...

Tudo o que acontece com a Terra,
Acontece com os filhos da Terra.
O homem não tece a teia da vida;
Ele é apenas um fio.
Tudo o que faz à teia,
Ele faz a si mesmo.

(Ted Perry, inspirado no Chefe Seattle
- parte integrante do Livro
A Teia da Vida de Fritjof Capra)





Por Melissa Samrsla Brendler
Psicóloga - CRP 07/13831
Atende em Porto Alegre/RS


*Texto baseado na matéria “7 fatos que provam que você e o cosmos estão intimamente conectados” publicado originalmente na Revista Galileu.



Nenhum comentário:

Postar um comentário