Cada vez mais é consenso na ciência de que todas as
coisas do Universo estão profundamente relacionadas umas com as outras. Existem
certos fatos, já familiares à ciência, principalmente à Física Quântica, que
podem dar origem a uma espécie de espiritualidade. São descobertas
significativas que nos recordam que fazemos parte de um grande todo, do qual
somos inseparáveis. Elas reforçam a idéia de que a velha distinção homem versus
natureza não faz sentido algum.
A frase que se tornou famosa pelo astrônomo Carl Sagan “Somos todos poeira das estrelas”, por
exemplo, significa basicamente
que todos os elementos que formam os seres humanos, os vegetais, as rochas e
tudo o mais que existe no planeta foram formados há bilhões de anos, durante a
explosão de estrelas a anos luz de distância daqui. Nesse sentido, nós não
surgimos neste Universo e neste planeta ao acaso. Todos nós viemos de um útero
comum de onde vieram também todas as outras coisas.
Além do mais, os
átomos do nosso corpo já pertenceram a outros seres vivos. Como se diz: “na
natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Os átomos que
existem no planeta sempre estiveram aqui, desde o começo, e foram passando por
incontáveis ciclos químicos e biológicos. Isso quer dizer, por exemplo, que os
átomos que compõem o seu corpo podem ter feito parte de um dinossauro no
passado, ou de uma árvore, uma pedra, ou até mesmo de outros seres humanos.
Assim, toda a
vida na terra tem certo grau de parentesco. Nos primórdios da vida, o único ser
que existia se resumia a um organismo unicelular que, ao longo de bilhões de
anos de evolução, foi se diferenciando e se adaptando aos diferentes ambientes,
formando milhares de espécies diferentes. Mas, por mais distintas que pareçam,
todas as espécies têm um ancestral comum em algum momento.
Os vegetais e os
animais, aqui incluindo os seres humanos, mantém uma relação de
interdependência. As árvores são complexas fábricas naturais que sintetizam o
gás carbônico, eliminando o oxigênio. No nosso caso, é ao contrário, nós
respiramos o oxigênio e expelimos o gás carbônico. Podemos dizer então que
animais e plantas se complementam quimicamente. Além do mais, não só o nosso
corpo, mas o corpo de todos os seres vivos do planeta, foi perfeitamente
moldado para viver no meio ambiente da Terra e todos, sem exceção, mantém uma
relação de interdependência.
E
o mais surpreendente. Os físicos quânticos descobriram que não existem objetos
sólidos. A sensação que você tem quando toca qualquer coisa e sente de forma clara
que se trata de algo sólido e palpável não passa de uma ilusão dos seus
sentidos. Na verdade, são apenas as nuvens de elétrons da sua pele interagindo
com as nuvens de elétrons do objeto. A única coisa sólida é o núcleo dos
átomos, mas eles jamais se tocam. O restante é formado inteiramente de vazio.
Então, se parássemos para observar a realidade num nível subatômico, veríamos
que não existe divisão entre nós e todas as outras formas do Universo. Somos
todos parte de uma grande teia. A Teia da Vida.
Isto sabemos
Todas as coisas estão ligadas
Como o sangue
Que une uma família...
Tudo o que acontece com a Terra,
Acontece com os filhos da Terra.
O homem não tece a teia da vida;
Ele é apenas um fio.
Tudo o que faz à teia,
Ele faz a si mesmo.
(Ted Perry, inspirado no Chefe Seattle
- parte integrante do Livro
A Teia da Vida de Fritjof Capra)
Psicóloga - CRP 07/13831
Atende em Porto Alegre/RS
*Texto baseado na matéria “7 fatos que
provam que você e o cosmos estão intimamente conectados” publicado
originalmente na Revista Galileu.
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